quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Desvia o teu olhar do meu



Imploro, desvia o teu olhar do meu, peço-te não olhes pra mim assim, não tente me desvendar, não busque em meu olhar as respostas para minha forma de agir, não quero que descubra o jardim dos sonhos onde plantei a esperança de um dia te ter ao meu lado. Desvio o meu olhar do teu para que não descubras os meus segredos porque de certo descobrirás os meus desejos que circulam junto de ti.
Em meu olhar está o que guardo no canto mais intimo de minha alma. Nele está meu amor por você, os caminhos que ando tentando me perder de mim e me encontrar em você, caminhos que me leva até seu olhar, olhar que é meu refugio, minha calmaria e tempestade, meu veneno e minha cura.
Confesso que queria poder fechar meus olhos e perder-me no som da tua voz, sentir o calor das tuas mãos em minha face e me achar entre os teus braços.

Se eu pudesse voltar no tempo, se eu pudesse mudar as coisas, se eu pudesse te dizer tudo que sinto... se, se, se... Mas como isso não é possível te guardo em mim como valiosos tesouros, confesso que em cada segundo da minha existência penso em ti, e neste segundo sinto que alcanço as nuvens, que toco o céu, mas no mesmo estante padeço no inferno quando vejo que não estais aqui. O que farei com esse sentimento, como retirar teus olhos dos meus, tua amizade da minha vida, tua doce presença do meu viver? Como parar de te amar e pensar em ti? 

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